AFAWA reúne membros em um Business breaksfast
Decorreu no dia 25 do corrente mês, na cidade de Maputo, a sessão Women in Business breaksfast que é uma oportunidade impar de network e esclarecimento sobre as facilidades existentes para empoderar iniciativas empresárias de mulheres.
A sessão da Acção Financeira Afirmativa para as Mulheres em Africa (AFAWA), que tem como principal objectivo eliminar o défice financeiro das mulheres empresárias e desbloquear a sua capacidade empresarial e todo o seu potencial, contou com a presença da Vice-ministra da Indústria e Comércio, Ludovina Bernardo, Presidente da CTA, Agostinho Vuma, CEO do Fundo Africano de Garantia (AGF), Jules Ngankam, Presidente do pelouro da mulher empresária e empreendedorismo da CTA, Sofia Cassimo, e outros participantes.
Falando na abertura do evento, Agostinho Vuma fez menção ao relatório do Banco Mundial intitulado, Women, Business and the Law, que indica que a nível mundial, as mulheres ainda têm apenas três quartos (3/4) dos direitos legais concedidos aos homens, existindo cerca de 2,4 bilhões de mulheres que não têm os mesmos direitos económicos que os homens e 178 países mantêm barreiras legais que impedem sua participação económica plena. Disse ainda que em Moçambique, apesar dos progressos registados na emancipação da mulher, ainda persistem desafios no que diz respeito a realização plena da contribuição da mulher na vida económica, desafios estes que chamam a razão para o prosseguimento de acções conducentes a promoção de uma maior equidade do género.
Por seu turno, a Vice Ministra da Indústria e Comércio disse que apesar dos desafios que as mulheres ainda enfrentam na sociedade, afirmou que o empreendedorismo feminino no país está em franco crescimento a notar pela participação activa das mulheres no sector produtivo, evidenciadas pelos feitos na última edição da FACIM.
E como forma de mostrar que o Governo esta engajado com a remoção dos desafios estruturais enfrentados pelas MPME’s, falou de iniciativas como o projecto MozYweb, WIT Women in Trade, e o PRONAI que visam acrescentar valor a economia nacional.
E desafiou por sua vez, as empreendedoras e MPME’s que ainda encontram-se no sector informal a abraçarem o sistema formal como forma de melhor contribuírem para o desenvolvimento do país e também para obtenção de mais benefícios das actividades que empreendem.
De referir que AFAWA é uma iniciativa pan-africana que visa colmatar o défice de financiamento estimado em 42 mil milhões de dólares que as mulheres enfrentam em África, tendo como pilares de intervenção: Acesso ao financiamento, Assistência técnica e Enabling environment.
A iniciativa conta com o apoio do Grupo dos sete (G7), dos Países Baixos e da Suécia e é implementada conjuntamente pelo Banco Africano de Desenvolvimento e pelo fundo Africano de Garantia (AGF).