Ministério da Indústria e Comércio rubrica memorando com Favos de Moçambique

Data: 14/05/2021
Ministério da Indústria e Comércio rubrica memorando com Favos de Moçambique

No âmbito do Projecto de Geração de Emprego e Melhoria de Renda (ProGer), o Ministério da Indústria e Comércio (MIC) e a Favos de Moçambique Lda. Assinaram o contrato para a operacionalização do projecto, nas províncias da Zambézia e Niassa. A iniciativa implementada pelo MIC através do Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas (IPEME), visa o desenvolvimento da cadeia de valor avícola e melhoria do sistema de informação do mercado do emprego e segurança social.

Falando momentos após a assinatura do contrato, a Directora Geral do IPEME, Joaquina Gumeta, disse que o acto representa um passo significativo na materialização do acordo firmado entre o Governo de Moçambique e o Banco Africano de Desenvolvimento, BAD, que visa o incremento da produção avícola nas províncias de Niassa e Zambézia. E  significa passos largos para o cumprimento de parte dos mandatos do sector da Indústria e Comércio, previstos no Programa Quinquenal do Governo (PQG) e no Plano Económico Social (PES),

Para as províncias visadas pelo programa, a dirigente disse que o acto significa o princípio de uma fase tangível de um processo que vai incrementar a cadeia de valor de produção avícola, uma acção que vai desde a montagem das fábricas de ração, instalação de equipamentos, produção de rações, produção de ovos, entre outros e igualmente uma oportunidade para absorver o milho e soja, dos agricultores, matéria-prima usada para o fabrico de ração.

Por sua vez, o Director Geral da Favos de Moçambique, José Micas, assegurou que a sua organização vai cumprir com as cláusulas contratuais dentro do limite previsto dos prazos, tendo em consideração a larga experiência que possui na cadeia de valor de produção avícola. Em conversa com o gestor da empresa, fez saber que a sua organização tem a sede em Marracuene, onde possui um equipamento que produz cerca de 150 mil pintos por mês e mais de um milhão de favos para ovos. A organização tem uma cadeia quase completa de produção avícola, desde a instalação das fábricas de ração, montagem de equipamento de produção, matadouros, montagem de laboratórios, secadoras de milho, geradores de back up, fabrico de bagaço de soja para a produção de ração, instalação de aviários e produção de frangos de corte.

Entretanto, a empresa ressente-se da falta de financiamento para complementar a sua cadeia de valor, introduzindo a produção de ovo fértil para, por sua vez, produzir o frango de corte, um investimento considerado muito oneroso e de longo prazo. De momento, para a produção de frangos de corte recorre-se a ovos férteis importados, o que tem gerado um grande constrangimento devido às restrições impostas pela Covid 19, para além da gripe aviária detectada no território sul-africano. 

Para reverter esta situação, o governo, por via do MIC, está engajado na concepção de uma estratégia integrada para o incremento da industrialização no país.  

A par das acções previstas, o Ministério da Indústria e Comércio vai lançar, brevemente, o “Programa Nacional Industrializar Moçambique" (PRONAIMO), segundo pronunciamento do - Ministro na abertura da III edição do Índice de Robustez Empresarial, organizado pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique - CTA, na Cidade da Beira, Província de Sofala.

O programa visa dinamizar o processo de industrialização a escala nacional, edificação e mobilização de investimentos, bem como a profissionalização e modernização integrada da capacidade produtiva.