MIC e EUROCAM debatem Zona de Comércio Livre Africana
O Ministério da Indústria e Comércio e a Associação das Câmaras de Comércio Europeias (EUROCAM) Realizaram recentemente uma mesa redonda com objectivo de discutir o Acordo de Livre-Comércio Continental Africano como um factor de mudança no ambiente económico e comercial.
Na ocasião, Vice-ministra da Indústria e Comércio, Ludovina Bernardo disse que as contribuições feitas em torno da discussão da zona de comércio livre acrescentam valor a dimensão da responsabilidade do Governo no processo de preparação para a decisão da ratificação do Acordo da Zona de Comércio Livre Continental Africana.
Referiu ainda que a oferta tarifária e a lista de compromissos a liberalizar que Moçambique vai apresentar, estarão em linha com as prioridades de desenvolvimento nacional e medidas de Políticas e Estratégias em vigor. Segundo a dirigente, a ratificação do acordo não deve ser vista apenas como uma decisão política, mas sobretudo, uma decisão que vai estar enformada de elementos que, através das conclusões dos estudos de avaliação de impacto em curso, e da Estratégia Nacional de implementação, permitirão que Moçambique tire as melhores vantagens a médio e longo prazo.
Ainda durante a sua intervenção a Vice-Ministra disse que Moçambique pretende continuar a construir a sua geografia de desenvolvimento económico multilateral integrando cada vez mais a sua economia em África e com o mundo e ser uma referência competitiva, nos serviços de logística e infra-estruturas portuárias, corredores de desenvolvimento e turismo, da diversificação das exportações em cadeias de valor de referência e como plataforma de dinamização de investimentos. Pretende ainda ser referência na Industrialização assente em infra-estruturas de apoio ao rápido crescimento, no conteúdo local, na especialização e modernização tecnológica e na pesquisa aplicada entre outras áreas.
Por sua vez o Embaixador da União Europeia em Moçambique, António Sánchez- Benedito Gaspar considerou que a criação de um mercado único no continente africano é um processo irreversível sendo por isso necessário, que Moçambique se preocupe em criar mecanismos para tira benefícios do projecto da zona integrada de comércio livre de barreiras.
Frisou ainda que este é o século da África e o processo de crescimento económico antes da Covid era muito forte, sendo que seis das dez economias que mais cresciam no mundo eram africanas incluindo nos últimos anos, Moçambique.
Gaspar disse que Moçambique está muito bem posicionado para aproveitar estas oportunidades porque possui recursos humanos, materiais e uma posição geográfica favorável.
O evento foi parte das actividades da Semana da Europa, alusivo à celebração do 9 de Maio, Dia da Europa, que este ano decorreu sob o lema “Solidariedade, Parceria e Trabalho Conjunto”.
O Dia da Europa em Moçambique constitui uma oportunidade de passar em revista os quase 40 anos de cooperação Moçambique – União Europeia.