Empresários Ruandeses convidados a estabelecer parcerias com sector privado nacional
Os empresários do Ruanda devem estabelecer parcerias com o empresariado nacional para explorar as oportunidades de negócio e de investimento que existem em Moçambique. Este convite foi feito pelo Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, em Maputo, na abertura do primeiro Fórum de Negócios Moçambique-Ruanda, com o lema “desenvolvimento através de investimentos, industrialização e exportação”. Das relações comerciais entre os dois países, Moçambique exporta, actualmente, açúcar e minerais para a República do Ruanda, cujo desafio é aumentar e diversificar as exportações, de acordo com o dirigente.
O Ministro apontou algumas das áreas onde Ruanda pode investir e fazer negócios, tais como cadeias de valor e nichos produtivos agrícolas; implantação de parques industriais e mercados abastecedores; processamento de produtos agro-alimentares; aquacultura; mineração; corredores logísticos e no sector do Turismo. Segundo o dirigente, “estas oportunidades, para além de contribuírem para o mercado doméstico poderão dar acesso a mercados internacionais, alguns dos quais preferenciais como os Estados Unidos da América (através do AGOA), a União Europeia, o Reino Unido e Irlanda do Norte, Indonésia, Índia, China, Emirados Árabes Unidos e a Zona de Comércio Livre Continental Africano (ZCLCA)”. Ressaltou Moreno, acrescentando que “Para Moçambique, o processo de integração económica continental em curso, estimula a especialização da abordagem bilateral e é dentro desta perspectiva que olhamos com primazia a relação económica e empresarial com o Ruanda, que tal como Moçambique, tem uma demografia empresarial dominada por Micro, Pequenas e Médias Empresas cujo engenho empreendedor e inovador precisa de ser promovido com vista a melhoria da sua competitividade e o desenvolvimento sustentável e inclusivo”.
Na mesma ocasião, a Ministra da Indústria e Comércio do Ruanda, Habyarimana Beata, afirmou que para o Ruanda, os portos e caminhos para o escoamento de bens conferem à economia nacional, vantagens competitivas ao nível da região, o que torna o País um parceiro estratégico para o doing business. “Existem oportunidades imensas, no comércio, na logística e na mineração. A delegação do Ruanda está aqui para estabelecer relações comerciais de benefício mútuo. Do mesmo jeito que colocamos empresários de Moçambique para o Ruanda”, disse Beata.
Álvaro Massingue, presidente da Câmara de Comércio de Moçambique, disse constituir expectativa da sua agremiação, a partilha da experiência ruandesa, “particularmente na promoção de indicadores, como a abertura de empresas e início de uma actividade económica, promoção de reformas, acesso à electricidade, procurement e licenças de construção”, atendendo a evolução significativa do Ruanda no Ranking Doing Business, quer ao nível continental como global.
Durante o evento foi assinado um memorando de Entendimento entre a Câmara de Comércio de Moçambique (CCM) e a Federação do Sector Privado (FSP) de Ruanda, que visa o fortalecimento de cooperação e facilitação de negócios entre os dois paises. Contou igualmente com uma feira de produtos diversos.