Projecto ZEPA pode criar cerca de 100 mil postos de trabalho
No âmbito da implementação do Programa Nacional Industrializar Moçambique, o Governo de Moçambique em parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento, procedem no distrito de Cuamba, Província de Niassa, o Lançamento oficial do Projecto Zona Especial de Processamento Agroindustrial do Corredor de Desenvolvimento Integrado Pemba-Lichinga - ZEPA, cujo objectivo é melhorar a produtividade agrícola e o desenvolvimento do agronegócio nas Províncias do Niassa, Cabo Delgado e Zambézia, bem como contribuir para o alcance dos objectivos do processo da industrialização em curso no País.
O Governo pretende com o projecto, assegurar o desenvolvimento do agro-negócio para gerar excedentes que possam ser comercializados e processados posteriormente para agregação de valor. A primeira fase do projecto deverá focalizar no reforço à capacidade institucional e o ambiente empresarial para o desenvolvimento agro-industrial, bem como na produtividade agrícola e competências sobre o empreendedorismo para melhorar o desenvolvimento da cadeia de valor agrícola.
O projecto será implementado ao longo de cinco anos (2022-2026) a um custo total de US$ 47,086 milhões (incluindo uma contribuição de US$ 2,872 milhões do Governo Moçambicano e Beneficiários).
De referir que o projecto beneficiará, diretamente as famílias e comunidades agrícolas, jovens, mulheres, MPMEs do agronegócio e funcionários de instituições públicas relacionadas e, indiretamente irá beneficiar as populações rurais nas áreas de cobertura. Ao final da primeira fase do projecto, o emprego esperado no nível das actividades agrícolas é de cerca de 100.000 postos de trabalho diretos e 30.000 indiretos, sendo 50% para mulheres.
Os benefícios previstos para os agricultores incluem o melhoramento da produção e produtividade, redução nos custos de produção e perdas, fornecimento de insumos melhorados, incluindo sementes melhoradas, crédito, agroquímicos e kits de irrigação, estabilização de preços devido ao aumento do valor agregado, receita consistente para os agricultores, melhoria na gestão pré-colheita e pós-colheita por meio de capacitação e treinamento, que se traduzirá em melhor padrão de vida para os agricultores.
A primeira fase do projecto deverá focalizar no reforço à capacidade institucional e o ambiente empresarial para o desenvolvimento agro-industrial, bem como na produtividade agrícola e competências sobre o empreendedorismo para melhorar o desenvolvimento da cadeia de valor agrícola.