Dinâmica das Exportações para EU mesmo em tempos de COVID-19

Data: 26/02/2021
Dinâmica das Exportações para EU mesmo em tempos de COVID-19

O Ministério da Indústria e Comércio em parceria com a União Europeia – Programa Promove Comércio, realizam, em Maputo, o Webinar sobre a dinâmica das exportações para União Europeia mesmo em tempo de COVID-19. Este debate virtual tinha como objectivos, divulgar o Acordo de Parceria Económica, APE; reflectir sobre o impacto e desafios da pandemia do Covid-19 na Balança Comercial de Moçambique no contexto da APE; divulgar as oportunidades e discutir sobre como Moçambique poderá tirar maior proveito das áreas abrangidas pelo APE.

Intervindo na sessão, a Vice Ministra do Ministério da Indústria e Comércio, Ludovina Bernardo disse que a balança comercial com a União Europeia em 2019 e 2020 foi favorável a Moçambique, com uma exportação de 504,1 e 197,3 milhões de dólares norte-americanos, respectivamente. 

Apesar deste índice favorável, a dirigente disse ser preocupante que a incidência das exportações de Moçambique para a UE, continue a ter pouca participação das Micro Pequenas e Médias Empresas (MPME) e ser ainda centrada em matérias-primas como barras e perfis de alumínio, tabaco não manufacturado e seus desperdícios.

Referiu ainda que passados 4 anos após a vigência do APE, o Governo pretende actualizar e integrar melhor o plano operacional de sua implementação, potenciar, profissionalizar e modernizar a capacidade das Micro, Pequenas e Medias Empresas, fomentar o desenvolvimento da industrialização, promover a digitalização e o comércio electrónico assim como massificar a informação de mercado e das oportunidades de negócios e investimentos.

Por sua vez, 

o Embaixador da União Europeia, António Sánchez-Benedito Gaspar, enalteceu a abertura de Moçambique ao aderir rapidamente a este acordo, tendo apontado como resultado, o aumento das trocas comerciais entre o País e a União Europeia. 

Afirmou que " a confiança e valor que atribuímos ao comércio não se encerra no espaço europeu, mas sim em todo o mundo, daí negociarmos acordos de parceria económica que nos ajudam a destruir barreiras tarifárias e construir barreiras comerciais que nos ajudem a reduzir custos de operação de qualquer sector económico. O livre acesso ao mercado europeu, sem taxas nem tarifas, é a porta que se mantém aberta para parceiros como Moçambique, um país que, pelas suas potencialidades económicas, está bem posicionado para explorar estas oportunidades".

O embaixador apontou vários factores que devem constituir principais desafios para o Governo, como a manutenção da paz e estabilidade social, a diversificação da economia e a aposta na qualidade dos produtos.